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Retratos 11/03 >> 08/04/17
Coletiva

Retratos

Coletiva
11/03 >> 08/04/17
Curadoria
Rafael Vogt Maia Rosa
11/03 >> 08/04/17
Retratos
Curadoria
Rafael Vogt Maia Rosa
Ana Prata
Bob Wolfenson
Boi
Carlos Fajardo
Claudio Tozzi
Fernando Zarif
Geraldo de Barros
Gilda Vogt
Janaina Tschäpe
José Resende
Lenora de Barros
Mario Cravo Neto
Maya Dikstein
Otavio Schipper
Regina Parra
Rodrigo Andrade
Sergio Romagnolo
Tatiana Blass
Tunga
Vik Muniz
Waldemar Cordeiro
Wesley Duke Lee
Sobre

A Galeria Millan apresenta, entre 11/3 e 8/4, a exposição Retratos, com curadoria do crítico de arte e pesquisador Rafael Vogt Maia Rosa. A coletiva reúne 30 obras de artistas brasileiros que, a partir da década de 1960, tomaram o retrato como campo de investigação estética.  

“Esse gênero permitiu aproximações de processos e realidades culturais diversas, tais como a fotografia e a pintura, o universo da arte conceitual e a moda”, afirma o curador. “Foram muitos os artistas nacionais que incursionaram pelo retrato; a seleção realizada valoriza o diálogo entre as obras, incluindo desde trabalhos inéditos de artistas representados pela Galeria Millan até itens raros de acervos particulares, que dificilmente são expostos ao público.”

A lista de participantes traz Wesley Duke Lee, Tunga, Mario Cravo Neto, Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Carlos Fajardo, Claudio Tozzi, Regina Parra, Lenora de Barros, Maya Dikstein, Vik Muniz, Sergio Romagnolo, Boi, Rodrigo Andrade, Ana Prata, Gilda Vogt, Otavio Schipper, Tatiana Blass, José Resende, Fernando Zarif, Bob Wolfenson e Janaina Tschäpe.

“Questionamentos levantados por Wesley Duke Lee desde os anos 1960 - sobre a ritualização do processo do retrato, produção de arte comissionada e a reprodução em série, entre outras - serviram de inspiração para essa mostra, assim como conversas mantidas com Tunga entre 2014 e 2016’”, revela Rafael Vogt. Em um desses encontros, Tunga, instigado pela curador, estabeleceu paralelos entre sua obra e a de Mario Cravo Neto, ambos reunidos nesta exposição: “Mario Cravo estava em uma posição de olhar e incorporar aquele mundo arcaico que é presente no Brasil, onde todo mundo é animista, queira ou não. Isso está latente, por mais racional que seja o discurso, na construção da subjetividade que a gente experimenta culturalmente não por ser brasileiro, mas porque vive num contato ainda fresco com arcaísmos que são constitutivos dessa sociedade.”

Estão representadas na mostra celebridades e figuras anônimas. As técnicas e os suportes utilizados são diversos, das impressões digitais A mulher que não é BB (1971), de Waldemar Cordeiro, realizada a partir da icônica imagem do rosto de uma garota vietnamita, e da Kate (2011), de Vik Muniz sobre retrato de Kate Moss; até a transposição de uma memória familiar para o espaço da arte contemporânea, contrapondo o público e o privado, em Retrato de meu pai (1965), de José Resende (fotografia e caixa de acrílico em suporte metálico) ou a escultura em plástico Menina com toalha na cabeça (2000), de Sergio Romagnolo, que teve como molde a filha do artista.   

Há ainda um autorretrato (1983/87) do pintor José Carlos Cezar Ferreira, o “Boi”, famoso personagem do cenário artístico brasileiro nos anos 1980, atualmente pouco conhecido do público. “A curadoria procurou evidenciar as experimentações realizadas no país através do gênero do retrato, abrindo campo para a experiência dos visitantes, sem impor nenhum tipo de cronologia ou leitura. Celebramos nesta mostra as múltiplas expressões da arte contemporânea brasileira, tendo em perspectiva a formação de público e a percepção do ‘primitivo tecnisado’ em nossa cultura”, conclui Rafael Vogt.