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Lais Myrrha

1974, Belo Horizonte, MG
Vive e trabalha em São Paulo, SP

CV
sobre

Transitando entre instalação, escultura e elementos da arquitetura, a prática de Lais Myrrha se estabelece ao redor dos instrumentos que mediam nossa ocupação do espaço. Ao incitar uma experiência, seu trabalho evidencia a relação entre o lugar físico e o lugar simbólico destacando o caráter arbitrário e os discursos de poder que as convenções e sistemas de representação nos denotam. Fundamentalmente, seus trabalhos estão distribuídos em quatro zonas, que muitas vezes se interseccionam: AtlasZona de instabilidadeEstudos de casos e Crônicas.

A primeira compreende uma série de trabalhos com mapas, instrumentos de medição, dicionários, almanaques e livros, nos quais Myrrha interfere para criar comentários que possam tornar visíveis e, assim, pensáveis, os modos e sistemas de representação, bem
como seus parâmetros e marcos. A Zona de instabilidade é constituída de obras em que a permanência e o equilíbrio parecem falhos e/ou precários. Nos Estudos de casos destaca elementos da arquitetura e do modernismo, menos por questões relativas à arquitetura propriamente dita do que pelas imagens produzidas por ela como se fosse uma máquina projetiva das fantasmagorias do poder. Por fim, as Crônicas são comentários visuais e textuais sobre acontecimentos observados em seu dia a dia, seja por meio dos deslocamentos diários pela cidade em que vive ou pelas quais passa, seja pelos noticiários.

Myrrha é doutoranda e mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Entre suas principais exposições individuais estão Fundamentos da Pedra, na Millan, em 2023; O condensador de futuros, Pinacoteca de São Paulo, em 2021; Infinite Column, Blanton Museum, Austin, EUA, 2017; Reparation of Damages, Broadway 1602, Nova York, EUA, 2017; Corpo de Prova, Sesc Bom Retiro, São Paulo, em 2017; Projeto Gameleira 1971, Pivô, São Paulo, de 2014; Border Game, Galeria Millan, 2009.

Entre suas participações em mostras coletivas, se destacam: 37º Panorama da Arte Brasileira: Sob as cinzas, brasa, no MAM, SP, em 2022; MemoriAntonia, no Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo, 2021; 13ª Bienal de La Habana, Cuba, em 2019; 12ª Bienal de Gwangju, Coreia do Sul, em 2018; 32ª Bienal de São Paulo, 2017, e Avenida Paulista, MASP, São Paulo, em 2017.

Myrrha foi contemplada com os prêmios: Prêmio Honra ao mérito Arte e Patrimônio, Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2013; Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais, FUNARTE, Rio de Janeiro, 2012; Bolsa Pampulha do Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, 2003. Seus trabalhos estão presentes nas coleções Blanton Museum of Art: The University of Texas, em Austin, EUA; Fundação de Serralves, Porto, em Portugal; MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro e Pinacoteca de São Paulo.

obras